Na manhã deste domingo (02/02), a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou uma aeronave carregada com aproximadamente 500 kg de drogas, entre maconha e haxixe, no estado do Amazonas. O avião, modelo EMB-810 Seneca, matrícula PT-RFU, havia decolado do Peru e entrou ilegalmente no espaço aéreo brasileiro, sendo identificado pelos radares do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Sisdabra).
Interceptação e perseguição
A FAB mobilizou caças A-29 Super Tucano, além de aeronaves E-99 e um helicóptero H-60 Black Hawk para acompanhar o trajeto do avião suspeito. Após receber ordens para pousar, o piloto da aeronave fez um pouso forçado em uma área de mata densa, a cerca de 80 quilômetros de Manaus.
Na aterrissagem, a aeronave colidiu com algumas árvores e sofreu danos. Antes da chegada das autoridades, os pilotos incendiaram o avião e fugiram pela floresta. De acordo com informações da Polícia Federal (PF), a droga foi destruída no incêndio causado pelos próprios tripulantes.
Aeronave pertence a empresa de Brasília
O avião interceptado pertence a uma empresa de agronegócio sediada em Brasília e foi fabricado em 1980. Dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) indicam que a aeronave estava regularizada para voar até 18 de janeiro de 2026.
A Polícia Federal já iniciou investigações para identificar os responsáveis pelo transporte da droga e a relação da aeronave com o tráfico internacional.
Guerra ao tráfico na Amazônia
A região amazônica é uma das principais rotas utilizadas por traficantes para o transporte de drogas vindas de países vizinhos, como Peru, Colômbia e Bolívia. A atuação da FAB no monitoramento aéreo tem sido crucial para combater o tráfico internacional e impedir que grandes quantidades de entorpecentes entrem no Brasil.
A operação reforça a importância do trabalho conjunto entre as Forças Armadas e a Polícia Federal para desmantelar essas rotas criminosas e evitar que a droga chegue aos centros urbanos do país.
