O artigo destaca uma série de pontos positivos em relação à busca do Brasil pela tecnologia de semicondutores da China:
- Diversificação de Parcerias: Ao buscar tecnologia chinesa, o Brasil está diversificando suas parcerias comerciais e tecnológicas, o que pode reduzir sua dependência de fornecedores de tecnologia de um único país.
- Promoção do Desenvolvimento Industrial: A intenção de desenvolver uma indústria de semicondutores no Brasil mostra um compromisso com o crescimento e a diversificação da economia, bem como com a criação de empregos no setor de alta tecnologia.
- Resistência a Pressões Externas: Ao ignorar as pressões e alertas dos Estados Unidos, o Brasil demonstra sua independência e capacidade de tomar decisões soberanas com base em seus próprios interesses econômicos e tecnológicos.
- Cooperação Internacional: A busca por parcerias com a China na área de semicondutores indica uma disposição para cooperar internacionalmente e buscar soluções conjuntas para desafios tecnológicos e econômicos.
- Fomento ao Desenvolvimento Sustentável e Digital: A parceria planejada com a China tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável e a economia digital no Brasil, o que pode impulsionar a inovação e o progresso tecnológico no país.
- Abertura a Novas Oportunidades: A disposição do Brasil em explorar oportunidades de cooperação com a China, apesar das tensões políticas globais, demonstra uma postura aberta e receptiva a novas ideias e colaborações.
- Independência Ideológica: Ao se recusar a adotar uma ideologia específica em relação aos conflitos entre os EUA e a China, o Brasil enfatiza seu compromisso com a liberdade econômica e a busca por parcerias com base em critérios técnicos e econômicos, não políticos.
Esses pontos destacam os aspectos positivos da busca do Brasil pela tecnologia de semicondutores da China e as potenciais vantagens econômicas e tecnológicas que podem surgir dessa colaboração.
China tem sofrido com as pesadas sanções aplicadas pelo governo dos EUA, mas vai tentando contornar a situação ao investir na sua própria indústria. E, para isso, também tem contado com alguns aliados. Desta forma, agora é o Brasil que procura a tecnologia chinesa para criar uma indústria de semicondutores, ignorando para isso as restrições e alertas norte-americanos.
Brasil procura tecnologia de semicondutores da China
Segundo as recentes informações avançadas pela Reuters, o Brasil está interessado na tecnologia e investimentos chineses como forma de desenvolver a sua indústria de semicondutores no país, mesmo que tenha que enfrentar as medidas restritivas implementadas pelos Estados Unidos.
De acordo com Celso Amorim, ex-chanceler e atual principal assessor de política externa do presidente brasileiro Lula da Silva, o Brasil não pode dar-se ao luxo de tomar partido nas crescentes tensões políticas entre a China e os EUA. Como tal, o presidente do Brasil irá visitar a China na próxima semana com especial prioridade no setor dos semicondutores. O objetivo é conseguir uma parceria de cooperação chinesa na promoção do desenvolvimento sustentável e da economia digital do Brasil.
Os alertas e as medidas restritivas dos EUA não incomodam o Brasil e Celso Amorim diz que “não presto atenção às mensagens. Se os EUA quiserem, podem propor condições maiores e melhores e pronto, e nós escolheremos as deles”. Ao ser questionado sobre os esforços norte-americanos para desencorajar os acordos com a China, o assessor responde que “não temos preferência por uma fábrica chinesa de semicondutores. Mas se oferecem boas condições, não vejo por que recusar. Não temos medo do lobo mau”.
Amorim diz que o Brasil não vê o mundo dividido entre os EUA e a China e, assim, não irá adotar uma ideologia de nenhum dos dois e acrescenta que “não posso condicionar onde vou comprar um chip, ou qualquer outra coisa, por esses valores. Na verdade, o chip não está impregnado desses valores, é livre de valor”.
É esperado que Lula da Sulva visite a fábrica da Huawei Technologies, gigante chinesa de telecomunicações que opera no Brasil há 20 anos.