A Polícia Civil de São Paulo fechou uma fábrica que distribuía bebidas adulteradas a outros estabelecimentos comerciais, nesta sexta-feira (10), em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Segundo a polícia, os agentes chegaram ao local depois de investigarem a morte da primeira vítima por intoxicação com metanol.
A SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo) afirmou que a ação tinha o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão em estabelecimentos relacionados à venda de bebidas alcoólicas contaminadas com metanol. Ao todo, oito suspeitos foram levados para a delegacia para prestar esclarecimentos.
Segundo a SES-SP (Secretaria de Estado da Saúde), o total de casos confirmados de intoxicação por metanol em São Paulo chegou a 23. O número representa três confirmações a mais em relação aos dados do Ministério da Saúde divulgados na quarta-feira (8), que registravam 20 casos no estado.
Segundo a pasta, o homem passou mal em 12 de setembro e morreu quatro dias depois. Durante as investigações, o bar onde a vítima consumiu a bebida foi vistoriado e as equipes apreenderam nove garrafas. Desse total, os peritos detectaram a presença de metanol em oito dos produtos, com percentuais que variavam de 14,6% a 45,1%.
Em depoimento à polícia, o dono do bar confessou que havia comprado as garrafas de uma distribuidora não autorizada. As investigações apontam que essa empresa usava etanol de posto de combustíveis na fabricação irregular das bebidas substância, por sua vez, estaria misturado com o metanol.
Além de São Bernardo do Campo, endereços em São Caetano do Sul e na capital paulista também foram vistoriados. Na ação, garrafas, bebidas, aparelhos celulares e outros objetos foram apreendidos e encaminhados à perícia.
O caso segue sendo investigado para apurar o envolvimento dos suspeitos e a origem dos produtos apreendidos.