As recentes exonerações de aliados do vereador Samir Bestene (PP), realizadas nesta semana, causaram desconforto nos bastidores da política municipal. A medida repercutiu diretamente dentro do Progressistas, partido que possui a maior bancada da Câmara de Rio Branco, com seis vereadores eleitos.

Em entrevista, o vereador Aiache (PP) se manifestou sobre o ocorrido. “Qualquer ato contra um vereador do Progressistas é visto como um ato contra todo o partido. Vamos buscar abrir um diálogo”, afirmou o parlamentar, sinalizando que o clima entre a legenda e o Executivo municipal exige atenção e diálogo.

Questionado sobre a possibilidade de o PP se afastar da base de apoio do prefeito Tião Bocalom, caso não haja mudança na condução política, Aiache adotou um tom conciliador. “Acredito numa mudança. Temos muito a construir para a população, para os vereadores e para as autoridades do Executivo. O diálogo pode nos levar a um denominador comum”, declarou.

O vereador deixou claro, entretanto, que o partido não irá insistir em permanecer na base caso o prefeito opte por outro caminho. “Se o prefeito decidir não manter os vereadores do PP na base, não iremos forçar a permanência”, concluiu.

O cenário acende um sinal de alerta no Palácio Rio Branco, uma vez que a coesão entre o Legislativo e o Executivo é fundamental para a governabilidade, especialmente com a proximidade das eleições municipais.