Por: Marciano Gonçalves | Arena Notícias.
Na sessão desta quarta-feira (23), o vereador João Paulo (PODEMOS), que também é psicólogo e presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara Municipal de Rio Branco, apresentou um Projeto de Lei que institui a Política Municipal de Educação Preventiva e Combate ao Preconceito Contra a Hanseníase.
Em sua fala na Tribuna, João Paulo destacou que, apesar de ser uma doença com tratamento e cura, a hanseníase ainda é endêmica no Acre. Segundo o parlamentar, o maior desafio no combate à doença continua sendo o estigma e a discriminação, que dificultam o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
O vereador explicou que a proposta surgiu após conversas com médicos especialistas, com o MORHAN – Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase – e a partir da escuta da comunidade, que relatou casos de preconceito e desinformação sobre a doença.
“Estamos falando de uma política pública essencial para enfrentar não apenas a doença, mas o preconceito que a cerca. A hanseníase ainda carrega o estigma da antiga lepra, o que impede muitas pessoas de buscarem ajuda por medo ou vergonha”, afirmou João Paulo.
João Paulo ainda criticou a ausência de uma estrutura específica para atendimento à população atingida pela doença, apontando que o município de Rio Branco falha por não ter uma unidade de referência no tratamento da hanseníase. Segundo ele, essa ausência reflete uma falha mais profunda: “Não podemos falar de unidade de referência se não tivermos uma política instituída. É a partir dela que se constroem os caminhos para o diagnóstico, tratamento e acolhimento adequados”, destacou o parlamentar.
Ao final de sua fala, João Paulo pediu o apoio dos colegas vereadores para a aprovação do projeto de lei e se colocou à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos sobre a matéria, reforçando a importância do comprometimento coletivo no enfrentamento da hanseníase e do preconceito associado a ela.